sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Depressão pós-parto

Depressão pós-parto – como tratar?
“Todos em meu redor me dizem que este deve ser o momento mais feliz da minha vida, como posso sentir-me tão triste, tão exausta, tão incapaz de tomar conta do meu bebé?”

A sociedade e a família transmitem à mulher que a circunstância de ser mãe lhe deverá trazer total plenitude e felicidade.
Como é que ela vai ser capaz de expressar o seu mal-estar?


Geralmente não o faz, tenta esconder os seus sentimentos e sente-se culpada por eles.
Contundo esta atitude vai ter consequências prejudiciais na sua relação com o bebé.

Nos primeiros 15 dias de vida após o parto, devido a alterações hormonais, 40% a 60%
das puérperas sentem-se hipersensíveis, com choro fácil, irritabilidade mas ao fim desse tempo este estado normaliza.
10% a 15% das mulheres fazem uma depressão pós-parto que pode atingir 50% se houve uma depressão pós-parto anterior.
Geralmente esta depressão situa-se entre o 2.º mês e o fim do 1.º ano após o parto. Algumas mulheres referem, anos depois, que nunca recuperam deste estado depressivo.
Há muitos motivos para a mulher não se sentir bem após o nascimento do seu filho.
Por vezes o parto não correu bem e ela sente dores, por uma cesariana ou uma episiotomia que ocorreu.
A amamentação não é um processo simples e pode sentir-se desconfortável ao fazê-lo.
O seu sono é frequentemente interrompido para satisfazer as necessidades do bebé.
À falta de repouso junta-se os constantes cuidados ao bebé durante o dia, o cuidar da casa e por vezes de outros filhos. Estes sentem ciúmes do recém-chegado e por vezes o próprio pai, que se tornam mais exigentes, o que torna a tarefa ainda mais árdua. A relação que a mulher tem com os próprios pais e especialmente com a sua mãe torna-se presente. Se essa relação não tivesse sido segurizante e afectuosa, se for ainda conflituosa, mais difícil será para a mulher assumir o seu papel maternal. 
A relação conjugal é reavaliada. Qual é o interesse que o marido revela por ela e o bebé ?

Como compartilha os cuidados ao bebé, à casa, aos outros filhos, que suporte afectivo e material lhe proporciona?
E o seu bebé? Tão diferente do que tenha imaginado, sempre a solicitar cuidados, ás vezes chora sem ela compreender porquê e sem lhe deixar acalmar. Esta sempre a por em causa o seu sentimento de ser boa mãe. Será que serei?
Mesmo com toda a alegria que a mãe sente ao ver e ao pegar no seu bebé e que ele lhe retribuí na relação com ela, este é um período cheio de mudanças para a mulher e em que ela se sente especialmente vulnerável. É um período em que se necessita de se sentir valorizada e permitindo que ela descanse, tenha momentos na sua competência maternais pelos que a rodeiam especialmente o marido, a família próxima e os amigos. Necessita para eles a ajudarem nas tarefas domésticas, com os outros filhos e com o bebé para que ela possa descansar e ter momentos só para ela. Sentindo-se suportada e revigorada pelos seus próximos 


Se a mulher não puder dispor desta envolvência emocional e afectiva e continuar a sentir exausta e com dificuldades em se ocupar do bebé, deve procurar ajuda profissional.
Esta pode ser dada individualmente à mulher ou à ….mãe-bebé, no caso do bebé mais…de mal estar, como por exemplo, alterações de sono ou alimentares, mostram-se pouco …… que rodeia.
Pode também ser focalizado uma terapia pai-mãe-bebé, incluindo o pai como suporte emocional à mãe e ao bebé.
O período do pós-parto é momento critico na vida da mulher e do homem, mas ainda mais da criança, pois vai ser determinante para o seu desenvolvimento afectivo, cognitivo e social, com referencia em todo o seu ciclo de vida.

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